20/04/2010

quase maio

Estou vendo da janela torres, está tudo escuro. e bonito. sinto um vazio triste, essa noite sonhei que morria. porque estou viva... porque nem a síndrome de peter pan exime o ser do tempo. e ele passa, e caminhamos em direção à morte.
e tudo se consagra nessa consciencia, cade deus, hoje me perguntava. nao porque deus está longe, mas porque acho que está mais perto. hoje senti o misterio do véu de maya, a ilusao, a dificuldade de enxergar o horizonte descraquelado, sem medo. as vezes a nossa pequenez nos tira a coragem e a visao é coisa rara. quem tem visao vive, quem tem medo se debate. é triste, a solidao de um peixe num balde, mas é bela a liberdade de um peixe no mar.
nao falo de enxergar com os olhos, falo de enxergar com deus. é desse deus que eu falo, e é esse deus que dá sentido. o começo o meio o fim. é o deus dos intervalos, o deus que ocupa o espaço entre dois corpos, o deus ar, o agora. cade deus? entende quando eu pergunto? estou como um átimo, átomo, a-tomo, fragmentada num corpo magnético. E a vida...

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