14/06/2010

ARE WE ALL CONSUMER GOODS AFTER ALL?

desesperei-me ao relatar a mim mesma o que penso estar acontecendo hoje em dia comigo e ao meu redor: a fugacidade dos encontros. cheguei a pensar até que as pessoas tornaram-se bens de consumo. sai-se com uma pessoa como se toma um picolé, satisfaz-se, acabou. e mais: sonhar, apaixonar-se, pode se tornar algo muito perigoso e prejudicial, tanto que talvez os pais ensinem aos seus filhos a nao fazerem isso.
por que? porque está em extinçao. porque as pessoas ficam melhores solteiras, namorando varios, cada vez que sai. é um ótimo estímulo ao narcisismo e ao egoísmo. é realmente um exercício de individualismo. dou aqui meu tom de horror, é claro, eu vivo nesse momento de transiçao, entre o sonho de casar e a nova realidade do "amor líquido".
Mas, pense bem, esta pode mesmo ser uma tendencia real. Avalie a realidade, tem acontecido assim. Acreditar no amor machuca e ninguem mais acredita e se vc acreditar vai ser um lunatico acreditando sozinho. as pessoas estao muito mais preocupadas em se olhar no espelho, checar os recadinhos do facebook, olhar a conta bancaria. sao relaçoes socias, nao sao mais relaçoes dialogicas.
nao existe mais o dois. ninguem tem força e paciencia pra aguentar o outro. o homem nao é mais forte do que a mulher e a mulher nao cuida mais do homem.
Nao posso dizer que quero que volte ao que era no passado, eu gosto da evoluçao humana e acho que nao evoluimos por acaso, acho mesmo até que algum bem virá disso, mas é inevitavel fazer a comparaçao do homem tambem com um consumer good. até as marcas ja sao bens de consumo, os conceitos sao bens de consumo, os programas, a cultura, por que nao o ser humano?

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