É difícil descrever as marés, as fontes, as águas da vida. Mesmo o sangue, o vinho, a baba, o gozo, o choro. Tudo o que é líquido toma forma sensual. E evapora com o tempo se não tiver corredeira.
As vezes me penso afogada em minha própria testa - emaranhada na minha cabeça, nos líquidos de minha alma, no fazer sem relógio, no meio - que existe sem propósito.
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