27/01/2010

Das lembranças mais antigas

A nossa cabeça guarda éons de existência primitiva. Talvez as memórias fiquem arquivadas em todas as células, talvez nas células de Gaia. E me parece que o tecido da existência vai sendo construído assim. Uma vida vivida e arquivada nas demais. E então, assim acreditavam alguns nativos de tribos primitivas, tornamo-nos constelações inteiras, estrelas, meteoritos, dependendo do feito de cada guerreiro. E talvez, nada mais, nada menos do que, poeira cósmica. Ou stardust. Pois bem, mesmo a vida mais subjetiva pode tornar-se mais objetiva e concreta. O nosso mundo é material. Lembro-me quando era mais jovem, que treinava com resoluta absorção atingir estados de conexão da consciência com estados maiores do que o meu. Tentava sentir deus em tudo. A partir dos meus sentimentos, dos meus sentidos, da minha abertura de chacras, da minha total entrega à natureza. Hoje em dia, não vejo mais tanta objetividade nisso. Acho mais interessante pisar os dois pés no chão e realizar algum feito no asfalto, nas construções da metrópole, nos laços profissionais e nas relações afetivas.

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