07/11/2010

As vezes a vida se confronta com a nossa vida. Não haveriam de ser a mesma vida? A nossa e essa de fora? Mas vem de repente um nó na garganta, um nó de gravata apertado demais, e dá vontade de tossir. De ficar vermelho sufocado, porque isso exprime o que se tem. Mas e se eu me soltar? Como, como faço pra me tirar desse sentimento de asfixiação, desse peso que a vida impõe na minha vida? E se elas fossem a mesma vida, não haveria de ser mais leve a minha vida e mais pesada a outra vida? Quem me impõe o que não quero? Provavelmente um outro eu. Algum que queira um sonho divergente do meu próprio sonho. Como podem alteridades numa identidade? Quantas vozes são essas, quantos comandos são esses? Sinto um peso que me paraliza porque me acelera. É a dúvida. São de novo as escolhas. E o meu ser não aquieta.

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