16/11/2010

A vida carrega águas de maneira que muitas vezes não podemos entender. As vezes o rio na nossa frente faz curvas, para, rodeia, a água imerge por dentro da terra para longe na frente fazer-se fonte novamente, e rio. Penso que guardar mágoas é como enterrar água corrente de rio. Fica lamacenta, não pode beber. Guardar mágoa é ruim. Hoje eu desfiz mágoa e me senti como rio que corre de novo, grandioso, limpo, veloz.
E toda vez que a tristeza vier, sei que uma hora ou outra, ela vai embora. E a alegria vem. E assim corre esse rio da vida. Assim correm as águas que não compreendemos. Elas são as veias da nossa vida. Nós temos um corpo emprestado, mas somos de outro. Viemos de um mesmo corpo, todos. As vezes acontece.

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