13/01/2010

Existe um algo doce na saudade, uma perturbação ostentável até, algo magnânimo. Um pirulito, daqueles redondos, brancos e vermelhos. Quase um peru. E algodão doce com corante cor-de-rosa. Típico.
Fico afundada no travesseiro enquanto escrevo e traduzo do mundo de dentro para o mundo de fora. Sempre escapa alguma coisa, talvez escape mais o dom de amarrar, de costurar, de arrematar cada ponto do bordado traduzido, o lírico. É falta de prática, dizem todas as nonas. Ainda é muito menina. Talvez sim, tenho logo que aprender a traduzir, para enfeitar o mundo um pouquinho com algodão-doce branco e pirulitos quadrados.

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