01/05/2011

- e se eu me esquecer?
- nao vai
continuo e tropeço (caída no chao) nao choro, fecho os olhos, é o pesadelo?
nao...
é uma mao, que me ajuda a levantar
vem
eu vou. nao tenho mais desejo.
perdi o gps
me perdi na escuridao
sao corredores imensos
sao valas
e sao estradas
e sao terriveis
e sao temiveis
mas a luz da noite amaina
e esmaece
a minha vista
sinto o cheiro de lírio
e de flores desconhecidas
e a brisa corre
e o mar levanta
e olho ao meu lado
ao corpo dono da mao que me acolheu
é um corpo grande
e frio
e belo
e calmo
o que eu sempre sonhei
o deus que eu sempre vi
o gigante digital
o holograma
é ele
vivo
com carne
e ossos
e boca
e pulso
é o meu gigante
oi
oi, ele responde
para onde vamos?
sair daqui
ao mar
e depois?
depois é o amanha
eu morri?
ainda nao
e por que vc está aqui?
porque vc pediu
morreu
mas nao
eu disse nao
e amanha?
amanha voce volta, a gente volta
é sempre assim?
as vezes tem tormenta
e quando nao tem?
entao é calmo, e eu devolvo
muita gente quer?
muita gente
sei...
mas faz parte do meu trabalho, as pessoas querem amor, o amor está escasso, escondido
fica mais perto das margens
eu continuo caminhando? posso montar o cavalo?
pode.
(sorrio)
voltamos... é o por do sol.
parada sigo por lugares onde nao consigo ver
e nao entendo como cheguei
a vida abre corredores
invisiveis aos olhos
e distantes
eu corro porta adentro
me embrenho no labirinto
sem saída
sem pulsao
vai nas veias do amor
diz que vai, nao vem
eu vou
meu mundo fica volúvel, estranho-me em crateras enormes subaquáticas, é estranho ver daqui. sao tantas possibilidades e nenhuma açao. sao milhares de luzes, sao chamados, e sao intactas as chances, imoveis, bestas. Nada permite que eu me mexa, ou me assuste porque tudo continua no mesmo ritmo, andando no mesmo passo. Assobio, chamo à voz que me ensurdece, mas tudo fica mudo no momento em que quero ir avante. As crateras sao como televisores, vejo a água transbordante, flutuo, mas se estou fora ou dentro nao sei dizer. Sei que meu corpo fica flutuante, mareado, mesmo de olhos fechados. A terra se movimenta. Pois ando simplesmente assim. Estou parada em um mundo distante. aquatico. dormente.
enquanto dentro em mim tem rock n'roll.

30/03/2011

if i could rearrange the alphabet, i would put U and I together!
if u don't have anything good to say, don't say anything at all!
Determinaçao é enfrentar os obstáculos, até eles ficarem para trás.

28/02/2011

caranaval, carnaval.
eu fico triste,
quando chega
o carnaval.

23/02/2011

what if??
just a single melt, melting down my brain............

05/02/2011





Seria possível viver uma realidade paralela? seria possível curar alguém mentalmente? seria possível viver como avatar, mas sem aquelas máquinas? seria possível tomar remédios indígenas sem estar numa tribo? seria possível ter dois corpos? se sim, qual o melhor uso disso?

25/01/2011

e... o que é o amor senão uma série de aventuras e desventuras?

23/01/2011

Estranhos percalços de noites infindas, quando a lua cresce, diminui e desaparece.
Enquanto leio palavras que se perdem em memória, meu estado soturno pouco se sustenta, ao trocar dia por noite, enfrento o sono, a ressaca, a vontade de beber um mundo de águas azuis, purificar minha alma numa bebida quente, dentro de uma planície estreita, de estrelas, um mundo viajador...

15/01/2011

o auge da noite
é o astro da manhã

Venusiana me faço
com estrelas nos olhos

planeta nas mãos
o amor que vem

14/01/2011

14 de janeiro é meu dia preferido do ano. Nao tenho nenhuma boa razao pra isso, mas é.

12/01/2011

e o céu transfigura-se em devaneio intenso. e a escrita salva o que o sonho derrama. a loucura se apodera do que não é gasto, então é preciso queimar o fogo fátuo das latências psíquicas, catá-las todas do chão, como se cata conchas para colocá-las ao bolso e devolvê-las ao mar mais adiante. O simples prazer de possuir, por uns metros apenas, as jóias do mar, e senti-las na pele, na roupa, no sóbrio desejo. escrevê-las para que se não percam, não sumam na paisagem espelhada, na cabeça torpe, nas garras do delírio. Apossar-se dos devaneios e construir castelos para eles morarem em recônditos organizados. Destruir toda fábula de ardil desgosto. Tirar da boca o gosto de metal e banhar-se em águas fundas e límpidas. Retomar a fala e a urdidura. Emplacar-se em sonho bom. E traduzir banhos indeléveis em banhos constantes.

11/01/2011

difícil a mudança dos polos. difícil o branco e o preto. a alma atenua as facetas antigas, como me afastar do egoísmo? e a vida, que se abre continuamente, se fecha quando queremos atracar. Não, é preciso sempre navegar, avante! e as ondas volteiam ao redor. é maremoto, é ventania. é desejo de morte ou ardência da vida. não acaba mais. Um dia acaba. Mas agora não. E mesmo moribundos, continuamos, estreitos e finos, decorrendo da velocidade insana. O vento em popa, o marinheiro sem astrolábio. O céu cansado, as velas ao vento.

08/01/2011

good friday

I once fell in love with you
Just because the sky turned from gray
Into blue
It was a good friday
The streets were open and empty
No more passion play
On st. Nicholas avenue
I believe in st. Nicholas
Its a different type of santa claus

cocorosie
ando vagarosa nos dias
contemplando os olhos do dia
chovendo por baixo do mundo
ando vagarosa pelos dias
mapeando o tempo do dia
cansada de acordar
cansada de sonhar
ando chapinhando poças
vendo os móveis boiarem
vagarosos
leio com desatenção
e deixo o dia passar